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Windows CE (tudo sobre este sistema)
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- Escrito por ghostwriter
- Categoria: Informática & Tecnologia (IV)
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Este artigo irá responder perguntas como: Onde baixar o Windows CE. Conceito e Definição. Histórico. Onde encontrar programas para ele. Além da crítica de Sílvio Lôbo.
Especificações técnicas
Nome: Windows CE, vulgarmente abreviado wince
Descrição: é um Sistema Operacional produzido pela Microsoft para uso em dispositivos portáteis.
Uso: Celulares (smartphones), Table PCs, Netbooks (muito simples), GPS.
Concorrentes: Android, Symbian, Windows Phone e Linux, Dreamcast.
Suporte a processadores: Intel x86, MIPxS, ARM, e SuperH Hitachi
Características:
- roda em menos de 1M de Memória RAM
- o Microsoft Visual Studio oferece suporte para criação de programas (executáveis) mais rápidos que os anteriores.
- suporta linguagens de programação: Basic4ppc, semelhante ao antigo BASIC, com a vantagem de suportar a biblioteca .NET Framework da Microsoft. Também suporta a Embedded Visual C++ (eVC).
- Free Pascal e Lazarus.
Conceito apresentado pelo fabricante: Sistema de operativo (R). O Windows CE é uma 32-bit, multitarefa, multithread sistema operativo que tem uma estrutura de arquitectura aberta permite uma variedade de dispositivos. Windows CE é compacto, fornecendo alto desempenho nas condições de falta de memória e é dimensionável, permitindo para uma variedade de linhas de produto incorporado, móvel ou multimédia. Windows CE também tem a vantagem de ser portátil, fornecendo escolha microprocessadores e integrou gestão de energia, activar longa de bateria em dispositivos móveis.
...
O que será do Windows Ce no futuro?
A Microsoft sempre se dedicou mais em manter o sistema operacional (OS) para computadores domésticos. Mas a implementação de um OS para portáteis é um desafio muito grande, e que não parece promissor para a empresa.
Hoje, o Android tem crescido bastante, e com um núcleo próprio do Linux, tomou o mercado e dificilmente a Microsoft conseguirá alcançar este mercado recentemente perdido.
O Windows CE não é o Windows XP como muitos falam. Ele tem a aparência do Windows 98, pertence a família do Windows NT, mas é incompatível com os programas compatíveis para os computadores domésticos, o que decepciona qualquer usuário do Windows para PC que venha a usar o Win CE.
Outro aspecto, é que as pessoas acostumadas com o Windows em Disco, para tentar experimentar o Windows CE, saem pela internet buscando um site para fazer o download, mas isto não é tão simples. Este Windows é comercializado com licença OEM, e é gravado em um chip (ROM) que inicia junto com o equipamento. As alterações ao sistema dependendo do equipamento é muito difícil. Para se ter uma ideia, estamos falando de um sistema operacional semelhante as usadas em Celulares ou Agendas eletrônicas. Mesmo que alguém atualize o Windows 4.0 para o 6.0 há de convir que o equipamento provavelmente foi criado para funcionar unicamente na versão anterior.
Se você já tem um dispositivo com Windows CE instalado e deseja baixar alguns arquivos, eu recomendo que use este site. (clique aqui).
Se você é um desenvolvidor de softwares e deseja emular o Windows CE para sentir como ele funciona, seja vem vindo, muito ainda tem para ser feito (clique aqui).
Esaú e Jacó, de Machado de Assis (Análise - Resumo)
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- Escrito por (Ver fonte no texto)
- Categoria: Letras, Arte e Paixão (II)
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{jcomments on}Machado de Assis [1839 - 1908] foi um dos mais geniais escritores. Prolífico, produziu crônica, poesia, contos, romances, crítica e peças de teatro. Seu estilo é marcado pela ironia, pela digressão, linguagem e profunda análise psicológica, mergulahndo na alma humana e revelando seus cantos mais escuros e ocultos.
Destacou-se principalmente como contista e romancista. Entre seus mais famosos romances destacamos Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, D. Casmurro. Entre os livros de contos, vale citar Papéis Avulsos, Histórias sem Data, Várias Histórias e Relíquias da Casa Velha.
Destacando o magnífico trabalho do professor Ubirajara Araújo Moreira do curso Milênio do Paraná, eis o resumo:
1.INTRODUÇÃO
Publicado em 1904, Esaú e Jacó foi de modo geral considerado um romance de menor importância, se comparado aos três romances machadianos da fase realista: Memórias Póstumas de Brás Cubas [1881], Quincas Borba [1891] e Dom Casmurro [1899].
Julgava-se que em relação a estes, Machado de Assis nele teria suavizado seu realismo, tornando-o menos explícito e contundente, abrandando seu humor ácido e sua crítica mordaz à sociedade de seu tempo e ao homem burguês. Chegou-se mesmo a classifica-lo como um simples 'romance de costumes'...
Hoje, porém, cada vez mais se descarta essa visão simplista e já se admite que Esaú e Jacó seja um dos romances esteticamente mais elaborados de Machado de Assis e, possivelmente, o de mais difícil compreensão e interpretação.
Vamos, então, destacar alguns pontos cruciais dessa obra, procurando compreendê-la um pouco em sua complexidade.
2. NARRADOR
A primeira grande questão é exatamente esta: quem é o narrador em Esaú e Jacó?
Machado de Assis, antes do primeiro capítulo, escreveu uma advertência, na qual esclareça que 'Quando o Conselheiro Aires faleceu, acharam-se-lhe na secretária sete cadernos manuscritos [...].'
Os seis primeiros formavam um volume, que se transformaria no romance Memorial de Aires [que será publicado em 1908], e o sétimo, intitulado Último, constituía uma narrativa à parte, que ele, Machado de Assis, estava agora publicando com outro título também proposto pelo próprio Aires, qual seja: Esaú e Jacó.
Portanto, Machado de Assis considerava-se apenas um editor do romance, cujo verdadeiro autor / narrador seria o Conselheiro Aires. Devemos, porém, nos lembrar que isto nada mais é do que uma estratégia narrativa de Machado de Assis, já que esse diplomata aposentado é obviamente uma criatura ficcional, ou seja, um ser imaginário inventado pelo escritor.
O Conselheiro Aires é também personagem de história, contada em Esaú e Jacó, cuja a atuação começa a partir do capítulo XI.
No entanto, embora Aires seja ao mesmo tempo narrador e personagem, observa-se que a narrativa não é contada em primeira pessoa, como seria de se esperar nesse caso.
A esse respeito é muito importante o capítulo XII, intitulado'Esse Aires', e que inicia assim: 'Esse Aires que aí aparece [referência ao cap. XI] conserva ainda agora algumas das virtudes daquele tempo, e quase nenhum vício. [...] Não me demoro em descreve-lo.' E a seguir o narrador traça um preciso perfil físico e psicomoral do diplomata aposentado.
Ora, quem é esse autor? Notamos então que a narrativa vem sendo feita [e será toda feita] por um narrador externo à história, ou seja, que não atua como personagem, e que, embora usando às vezes a forma da primeira pessoa, caracteriza-se como um típico narrador de terceira pessoa, onisciente - ou seja, que sabe tudo sobre a vida externa e interna das personagens e que, de cima, tem a visão global da sociedade e da geografia nas quais eles se movem.
Quem é esse narrador? É o Conselheiro Aires, que se disfarça e se duplica, falando de si mesmo em terceira pessoa, num processo de distanciamento e pretensa objetividade? Ou é o próprio Machado de Assis que, editor fictício, apropria-se da narrativa e torna-se narrador, transformando-se também num ser ficcional - ou seja, invenção de si mesmo?
Muitos estudiosos consideram o Conselheiro Aires um alter-ego de Machado de Assis, isto é , um seu dublê, um porta-voz de suas opiniões, senão sempre, ao menos em muitas situações.
Nesse caso, o narrador de Esaú e Jacó não seria um terceiro elemento, um híbrido, um narrador - síntese que integra Machado de Assis [autor real, implícito] e o Conselheiro Aires [autor fictício e personagem]?
Vemos por aí o quanto Machado de Assis problematizou um dos elementos mais importantes da narrativa: o narrador. Esse procedimento constitui uma novidade para seu tempo e caracteriza-se como um traço de sua modernidade.
A esta altura é importante também observar que: 'A narrativa do romance de Esaú e Jacó se submete à visão de mundo do Conselheiro Aires. Os fatos falam através do seu ponto de vista. [...] Aires representa alguém que ironicamente possui a verdade, ou sobre ela reflete. É a sua posição ideológica que fundamenta a narrativa [...]. ele é quem opina sobre a significação da matéria narrada, mesmo que não possa esclarecer todos os enigmas.'
[Dirce Cortes Riedel - Um romance 'histórico'?]
3. REALISMO?
Embora Machado de Assis, após o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, seja classificado dentro do Realismo, a verdade é que se torna difícil e inadequado confinar sua obra nos limites estritos de escolas e movimentos literários.
O enredo de Esaú e Jacó, por exemplo, gira ao redor da permanente rivalidade entre os gêmeos Pedro a Paulo. Já começaram brigando no ventre materno e continuam se desentendendo vida afora. Pedro, mais dissimulado; Paulo, mais agressivo. Pedro, conservador; Paulo, agitado.
Pedro, monarquista; Paulo, republicano [variadas situações serão criadas ao redor dessa polarização]; Pedro, médico, no Rio de Janeiro; Paulo, advogado, em São Paulo; ambos eleitos deputados, mas por partidos contrários...
Essa oposição sistemática só é interrompida duas vezes pela trégua momentânea motivada pela morte das duas figuras femininas que capitalizam o afeto dos gêmeos: Flora [a indecisa amada dos ambos] e Natividade [a mãe].
Ora, o leito logo percebe o quanto de inverossímil, de artificial, de forçado mesmo, existe nessa oposição sistemática entre os gêmeos. O irrealismo dessa situação só se compara ao irrealismo de Flora, personagem estérea, vaga, sem outra substância que não seja vivenciar, na indecisão, o conflito do amor duplo de que é alvo por parte dos gêmeos. Conflito e indecisão que, de certo modo, levarão à morte.
Verdade que o próprio narrador, às vezes de forma ambígua, às vezes de forma irônica, reconhece a inverossimilhança e o irrealismo dessas situações... Portanto, não se trata de um realismo do tipo 'espelho fiel e exato' da vida real.
Apesar disso, porém, identificamos no romance uma dimensão realista no sentido de que nele ocorre momentos e cenas de forma verossímil, plausíveis, representam [imitam] situações da vida real, parecendo, portanto, um típico 'romance de costumes'.
Exemplo convincente disso nós podemos encontrar logo no primeiro capítulo, cuja a narração, descrição e diálogo nos apresentam cenas caracterizadas pó um vivo realismo.
O romance. Portanto, oscila entre situações realistas, verossímeis, plausíveis, e situações artificiais, inverossímeis - não podendo, pois, ser enquadrado dentro de um Realismo escrito.
4. ROMANCE POLÍTICO?
É do ponto de vista da história política, no entanto, que o romance parece ancorar-se mais solidamente no Realismo. Historicamente a narrativa se passa no período da transição do Império para a República, e esse acontecimento é referido diversas vezes e sob diversos aspectos.
Há estudiosos que chegam mesmo a considerar Esaú e Jacó um romance histórico ou político, centrado exatamente nesse conflito: República X Império; conflito do qual os gêmeos seriam simbolicamente a personificação.
Numa perspectiva bem-humorada e acidamente irônica, o conflito é salientado no famoso episódio da tabuleta do Custódio [cap. XLIX, LXII e LXIII]. Dono da Confeitaria do Império, Custódio precisou trocar a tabuleta que já estava bem velha, mandando pintar uma nova. Nesse meio tempo, porém, aconteceu a mudança de regime, com a proclamação da República.
Custódio ficou temeroso do nome de sua confeitaria e achou prudente mudá-lo. Na dúvida, foi então consultar o Conselheiro Aires, na esperança de encontrar um novo nome para seu estabelecimento, o qual não fosse politicamente comprometedor e ao mesmo tempo lhe garantisse a fidelidade da freguesia.
O episódio tem vários aspectos. A referência irônica à República, porém, está principalmente em dois comentários similares de Custódio diante das sugestões de Aires. O primeiro é quando o Conselheiro lhe propõe trocar o nome para Confeitaria da República, e ele pondera: '- Lembrou-me isso, em caminho, mas também me lembro que, se daqui a um ou dois meses, houver nova
reviravolta, fico no ponto em que estou hoje, e perco outra vez o dinheiro.' E o segundo comentário, ao final do mesmo capítulo LXIII, é quando Aires então sugere Confeitaria do Custódio, e o comerciante considera: '- Sim, vou pensar, Excelentíssimo. Talvez convenha esperar um ou dois dias, a ver em que param as modas [...].'
Percebe-se, por aí, a insinuação de que seria de pouca seriedade e duração a República recém-proclamada. Esse ponto de vista depreciativo, aliás, aparece em outros momentos do romance, reafirmando a conhecida preferência do cidadão Machado de Assis pelo Império. Várias vezes o
escritor se manifestou a esse respeito, opinando que, por razões históricas e culturais, o regime imperial era o mais adequado à realidade brasileira. Por outro lado, Machado de Assis também tinha consciência de que o Império apresentava rachaduras e estava se desmoronando.
Flora, simbolicamente, personifica essa perplexidade: não pode ficar só com Pedro [Monarquia] nem só com Paulo [República]. Seu desejo é a fusão, a síntese do que de melhor houvesse nos dois: ideal irrealizável !
A não-conciliação dos gêmeos representaria, então, a impossibilidade de se chegar a um regime político ideal, o que, nessa obra, explica o já tão comentado pessimismo e ceticismo machadiano.
5. INTERTEXTUALIDADE E POLIFONIA
O texto literário realiza-se como um espaço no qual se cruzam diversas linguagens, variadas vozes, diferentes discursos. O procedimento pelo qual se estabelece esse múltiplo diálogo é a intertextualidade. Ora, as vozes que se cruzam nesse espaço intertextual são vozes diferentes e às vezes opostas - caracterizando-se portanto o fenômeno da polifonia.
O romance Esaú e Jacó é rico nesses dois procedimentos. Sirva de modelo o capítulo I. Natividade e sua irmã Perpétua sobem o Morro do Castelo para consultar Bárbara, a cabocla vidente. Essa motivação e a cena da entrevista com a adivinha caracterizam o discurso mítico, a esfera da religiosidade e da crendice. Nesse caso, relacionado a um contexto popular. Mas o narrador faz referência a Ésquilo, considerado o criador da tragédia grega, a sua peça As eumênides e à personagem Pítia, sacerdotisa do templo de Apolo que pronunciava oráculos.
Temos aqui novamente o discurso mítico, só que agora no contexto da antiguidade clássica, ambientado na sofisticada Grécia.
A referência ao teatro, por sua vez, remete a uma outra linguagem, e temos então a voz narrativa do romance dialogando com a voz da personagem teatral.
Observe-se, ainda, que durante a consulta, lá fora o pai da advinha tocava viola e cantarolava 'uma cantiga do sertão do Norte' - portanto, outra voz / outro discurso se cruzando com os demais: a música e a poesia sertaneja.
E assim vamos encontrar ao longo do romance inúmeras referências, alusões, citações [inclusive em francês e latim], situações... - relacionadas com a Bíblia, com personagens famosos do mundo da política, da literatura, do teatro, da filosofia, da mitologia.
É bom salientar que um dos procedimentos intertextuais mais curiosos é o fato de, com certa freqüência, o narrador transcreve trechos do romance Memorial de Aires - uma espécie de diário do diplomata aposentado, e que ainda não havia sido publicado!
6. LINGUAGEM E LUDISMO
A linguagem é um procedimento pelo qual o narrador, em certos momentos, interrompe o fluxo narrativo para fazer reflexões e comentários sobre a própria narrativa, sobre o ato de narrar, a técnica, o estilo, a construção do enredo das personagens, etc. Ou seja, o ato de escrever torna-se objetivo de análise de própria escrita.
A Advertência que Machado de Assis colocou já antes do primeiro capítulo tem esse caráter lingüística, pois se trata de um 'esclarecimento' sobre um dos elementos-chave da narrativa: o autor [fictício] da história.
Há várias estratégias através das quais esse procedimento se realiza ao longo da obra. A mais evidente, conhecida por todos os que lêem Machado de Assis, é o capítulo XXVII - De uma reflexão intempestiva, em que o narrador finge zangar-se contra o possível comentário de uma leitora, que estaria querendo adiantar-se aos fatos. O narrador é explícito: 'Francamente, eu não
gosto de gente que venha adivinhando e compondo um livro que está sendo escrito com método.'
O capítulo XII - A epígrafe é, a esse respeito, um dos mais elucidativos. O processo de elaboração e desenvolvimento do romance é comparado ao desenrolar de uma partida de xadrez, durante o qual, 'por uma lei de solidariedade', o leitor e os próprios personagens colaboram com o autor / narrador [o enxadrista].
Já no final do romance, a metáfora lingüística usada é a da viagem - o percurso da escrita e da leitura se compara ao transcorrer de uma viagem.
Observar que nos dois casos fica também evidenciado o caráter lúdico da escrita e da leitura: é como se fosse um jogo, uma brincadeira, uma diversão, um lazer.
7. CONCLUSÃO
Como deu para perceber, o romance Esaú e Jacó, para alem de sua aparente simplicidade, é na verdade uma obra complexa, que comporta diferentes ângulos.
Aqui nós destacamos alguns aspectos fundamentais dessa narrativa, mas haveria outros também interessantes, como: a linguagem machadiana, a questão do seu estilo; o nível mítico e simbólico, envolvendo personagens e situações [pó exemplo, a simbologia de certos nomes:
Natividade, Flora...]; as relações desse romance com o romance Memorial de Aires; a tematização do dualismo e da ambigüidade.
O importante é superar a visão simplista de que Esaú e Jacó seria uma obra menor de Machado de Assis, e resgatar seu valor artístico-literário.
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Título original, (NOME***, Antes)
Antes seu braço a um castelo
Antes seu cheiro a fragância Real
Antes o brilho do seus olhos ao do outro
Antes sua voz à lira
Antes a sua guerra que minha Paz
(dedicado à ***) [dedicado a um amor que se oculta]
Sílvio Lôbo
O Continente (1949) Érico Veríssimo. (Análise - Resumo)
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Autor: Érico Veríssimo, nascido em 1905, Cruz Alta (RS), falecido em 1975, Porto Alegre (RS).
Estilo: (Modernismo 30)
Um vasto painel da história gaúcha. Nela estão contidos os conflitos fronteiristas. Missões jesuítas. Lutas cisplatinas. Guerra farroupilhas, federalista. Chegada dos imigrantes.
Enredo
O Continente I
O Sobrado I - A saga da história gaúcha, com o personagem José Líprio. A fonte - O autor volta no tempo em busca de origens. Nas missões dos sete povos com os jesuítas de origem espanhola. Refere aos índios da missão.
O Sobrado II - De volta ao sitiado sobrado, as vidas, amargas e sofridas. Alice depois de horas de parto perde a menina.
Ana Terra - Ano de 1777. A história focaliza as terras numa fazenda. A paixão entre Ana e um índio chamado Pedro. Ana engravida. Estava nascendo a cidade de Santa Fé.
O Sobrado III - 25 de junho de 1895 Licurgo vive no sobrado, seu ódio sua raiva. Sua filha dentro de uma caixa de goiaba, morta. D. Bibiaba fala que a menina foi feliz por Ter morrido. Por causa do machismo, Um certo capitão Rodrigo Cambará - Um dia chegou em Santa Fé a cavalo, vindo ninguém sabia de onde. A bela cabeça de macho altivamente erguida. Bento Amaral
e capitão Rodrigo brigam por Bibiana que impressionada por ele, sonha em casamento. Seu pai adverte que capitão Rodrigo só tinha um cavalo, um violão e uma espada. Mesmo assim ela se casa com ele. Anita morre e Rodrigo ingressa no movimento da Revolução Farroupilha. E morto pelos legalistas Amarais.
O Sobrado IV - O vento a bater e assoviar, o sobrado continuava cercado.
O Continente II
Teinaguá - Relata a história de Santa Fé, que em 1890 passa a condição de Vila. O sobrado era a casa mais vistosa (ex cambará). Hoje pertence a Aguinaldo Silva. O Sobrado V - 26 de junho, 1895.
Licurgo defende Santa Fé de cima da água furtada do casaroto. O império caiu e se instala a república. É a Guerra Federalista. Este capítulo narra o cerco do sobrado e de Santa Fé. A Guerra - Sexto dezembro de guerra - Santa Fé mostrava sinais de decadência. O Sobrado VI - 26 de junho, 1895 o sobrado cercado pelos maragatos.
Ismália Caré - A notícia era que 24 de junho 1884, Santa Fé será elevada e é o sacristão, que louva os heróis de Santa Fé, após tantas batalhas.
O Sobrado VII - Gritava no casarão: "Bandeira Branca". Termina a guerra. Os federalistas abandonaram os postos e os republicanos entram no município.
Fragmentos
- "Morreu em boa hora. Essa tem de trabalhar, sofrer, casar, criar filhos, e ficar esperando quando os filhos vão para a guerra. Primeiro precisam da gente, mamam nos nossos peitos, mijam no nosso colo. Depois crescem, se casam e tratam a gente como um caco velho"
(Érico Verissímo)
Preste Atenção
Para estruturar a história utiliza duas famílias:
Os terras - representam o perfil do gaúcho, vinculado com a terra.
Os cambarás - representam o lado político, altivo e bravo.